domingo, 4 de abril de 2021

OS 300 DE ESPARTA

A derrota em Maratona (490 a.C.), não fez os persas desistirem de incluir a Grécia nos vastos domínios de seu império. Em 480 a.C., o rei Xerxes lidera um numeroso exército e uma poderosa frota para realizar o frustrado projeto de seu pai, Dario I. Enquanto o exército asiático avança pelo litoral (para ser abastecido pela frota), as pólis (cidades-estado) gregas, divididas por suas querelas internas, não conseguem, imediatamente, adotar uma estratégia comum. Quando muito, despacham um pequeno contingente de hoplitas para o estreito desfiladeiro das Termópilas (passagem obrigatória para a Grécia central), visando retardar o progresso do invasor. Por um curto tempo, os gregos resistem, mas quando o local é circundado pelos persas, a resistência se torna inútil e todos recuam, salvo o rei Leônidas que, à frente de trezentos espartanos, opta por conquistar a glória mediante uma morte heróica. Tal é o tema dessa produção cinematográfica estadunidense, realizada com a cooperação do governo da Grécia, e filmada na localidade grega de Perachora, no Peloponeso. Perfeitamente sintonizado com o "espírito" da Guerra Fria vigente à época, o filme faz o elogio da liberdade dos espartanos em luta contra o império escravocrata persa, omitindo que Esparta era uma oligarquia que escravizava os Hilotas, inclusive promovendo pogroms periódicos, para controlar seu crescimento populacional. O ator (de limitados recursos) Richard Egan vive o papel do heroico Leônidas, enquanto a presença de Diane Baker responde pelo excasso ingrediente romântico do filme.

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